formas breves em são paulo!

SESC SP apresenta
Exercício n. 2: Formas Breves agora em São Paulo!

marcelabreves

estreia 19 de novembro, 21h
de 20 de novembro a 13 de dezembro
Teatro do Sesc Vila Mariana

Exercício n. 2: Formas Breves
Peça em um ato a partir de fragmentos de livros de diversos autores (Dostoiévski, Tchecov, Thomas Bernhard, Kafka, Sérgio Sant’anna, André Sant’anna, Anaïs Nin, Pedro Almodóvar, Walt Whitman, Antonin Artaud, Elias Canetti, Mario Novello, Bertold Brecht, Ian MacEwan, Marguerite Duras, Honoré de Balzac).

Fragmentos de experiências cotidianas, apresentadas através de diferentes personagens e situações, extraídas ou criadas com base em trechos de livros das mais variadas seções de uma biblioteca. Com o objetivo de investigar o homem contemporâneo através de sua vasta obra literária e de elementos da vida cotidiana, pequenos experimentos narrativos e relatos pessoais tornam-se “fragmentos do mapa de um território desconhecido” (Ricardo Piglia). São breves formas de um território que pretendemos conhecer um pouco mais, na busca por conhecer um pouco mais de nós mesmos, já que, do nosso mundo, conhecemos a superfície, do universo, um pontinho numa poeira. Assim é o espaço negro em que se desenrolam esses experimentos narrativos: um pontinho numa poeira, ou ainda, um vazio cheio de possibilidades.

Ficha Técnica
Elenco: Marcela Oliveira, Isabel Lessa, Danilo Watanabe, Mauricio Lima, Bruno Balthazar, Bruno Siniscalchi, Karine Teles, Anne Reis, Fernando Azambuja, Cris Larin, Thaynã Lyasak, João Gabriel Vasconcellos, Patricia Barros, Vicente Coelho, Stela Blajterman.

Direção: Bia Lessa
Dramaturgia: Maria Borba
Iluminação: Pedro Farkas
Música: Dany Roland
Música Original: Rubinho Jacobina
Cenografia: Camila Toledo e Bia Lessa
Figurinos: Bia Lessa
Programação Visual: Anne Reis e José Cardozo
Produção: Equipe Formas Breves
Assistente de Direção: Sofia Karam

Serviço
Teatro: Sesc Vila Mariana
Rua Pelotas, 141 – Vila Mariana. São Paulo – SP.
Telefone: (11) 5080-3000 / http://www.sescsp.org.br
Sexta e sábado, às 21h; domingo e feriado, às 18h.
Ingressos à venda em todas as unidades do SESC:
R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); R$ 5,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
Capacidade: 608 lugares
Duração do espetáculo: 75 minutos
Não recomendado para menores de 16 anos
Acesso a portadores de deficiências
Estacionamento: a partir de R$ 5,00
Temporada: de 20 de novembro a 13 de dezembro.

SESC Vila Mariana
Rua Pelotas, 141
Informações: 5080-3000
http://www.sescsp.org.br
0800 11 8220

sobre o espetáculo

– 2.000m de barbante, 2.600 roupas, 500 livros são usados no espetáculo
– Luz de Pedro Farkas: fotógrafo dos filmes Desafinados, A ostra e o Vento, Marvada Carne, Cinema Falado etc
– Bia Lessa e Maria Borba pela primeira vez dividem um espetáculo
– Maria Borba, Mestre em Cosmologia, assina a dramaturgia
– Trilha sonora: criada por Dany Roland a partir de fragmentos musicais e ruídos

A diretora Bia Lessa, em parceria com Maria Borba, retoma um caminho iniciado com os espetáculos Ensaios nº 1 e nº 2 e Exercício nº 1, realizados nas décadas de 1980 e 90. Se em Exercício nº 1 a diretora trabalhou com o universo de Dostoiévski, abrindo mão de seus personagens, em Exercício n. 2: Formas Breves o trabalho se dá a partir de fragmentos de livros de diferentes escritores, com o propósito de dialogar com o universo contemporâneo.
Foram dois pontos de pesquisa bem determinados: a observação do homem em seu cotidiano e a observação da obra literária universal produzida por ele – isto significa, desde textos que compõem o que se costuma chamar de literatura propriamente dita, até textos científicos, filosóficos, poéticos, informativos e, por fim, textos considerados “sem importância”. Tendo os livros como a base de todo o trabalho, o estímulo inspirador poderia vir de uma palavra, de uma frase solta ou de um capítulo. Em particular, o próprio nome do espetáculo vem do título do livro Formas Breves, do escritor argentino Ricardo Piglia, que propõe unir formas literárias, a princípio, desconexas e traçar uma linha a partir delas. Segundo Piglia, “na experiência renovada dessa revelação que é a forma, a literatura tem, como sempre, muito que nos ensinar sobre a vida. (…) Pequenos experimentos narrativos e relatos pessoais me serviram como modelos microscópicos de um mundo possível, ou como fragmentos do mapa de um território desconhecido”.
Assim, a partir de fragmentos das obras de diversos escritores (Dostoiévski, Tchecov, Thomas Bernhard, Kafka, Sérgio Sant’anna, André Sant’anna, Anaïs Nin, Pedro Almodóvar, Walt Whitman, Antonin Artaud, Elias Canetti, Mario Novello, Bertold Brecht, Ian MacEwan, Marguerite Duras, Honoré de Balzac, entre outros) o mapa do espetáculo começou a ser traçado.
Em paralelo à procura do texto, havia a idéia impregnante (e sem volta) de conceber um espetáculo observando cuidadosamente quais pontos se fariam necessários para a construção de uma estética. “O exercício de concepção do espetáculo passava pelo raciocínio da necessidade. Só estaria presente o que fosse absolutamente necessário.” – Bia Lessa.
Cenário – Optou-se por um “não cenário”, ou por uma “geografia” – um grande vazio negro, abandonado pelos atores e pelo espetáculo. As interferências cênicas acontecem num espaço limitado, em uma pequena nesga onde a luz se faz presente. Só conhecemos o que vemos, o vazio nulo é uma vastidão de possibilidades intocadas, como o nosso extenso universo, como o espaço infinito de uma biblioteca ou o espaço ilimitado da compreensão de um fragmento. De nós mesmos conhecemos pouco, do nosso mundo conhecemos a superfície, do universo, um pontinho numa poeira. Um vazio cheio de possibilidades.
Figurino – Do figurino, não se sentiu necessidade. Como fazer um “não figurino”? Uniformizar as pessoas seria negar suas individualidades, o que iria contra os nossos objetivos. Caracterizá-los um a um, não nos parecia necessário e nem apropriado ao espetáculo. A decisão sobre o figurino se deu com a criação do espaço. Se optamos por um grande vazio negro, que é o lugar fértil e a substância da qual os acontecimentos podem surgir, os atores deveriam estar vestidos também de negro. Pois tudo o que há é feito da mesma substância. Então, todos vestindo o negro, a ausência de todas as cores, não estariam vestindo um uniforme, mas uma potência, um universo de possibilidades, abertura para transformação e criação constantes. De preto, cada um é um e também todos são um.
Iluminação – A luz dentro do espetáculo é um personagem, interferindo drasticamente nas cenas de forma a escolher o que quer ou não revelar. E, assim, fragmenta mais uma vez o próprio espaço cênico, já reduzido pelo negro cenário. Pedro Farkas optou por um equipamento de cinema para desenvolver esse trabalho.
Música – Assim como os fragmentos literários, a trilha composta pelo músico Dany Roland também conta com pedaços, aqui ruídos e fragmentos sonoros, que ampliam ainda mais o diálogo entre as partes.
Em seus trabalhos, Bia Lessa tem estabelecido uma linguagem cênica que dialoga com outras formas artísticas, como fez em Casa de Boneca – espetáculo em que a linguagem do vídeo era dominante frente à presença física do teatro – e em suas recentes exposições – tais como Grande Sertão Veredas, na qual o espectador dialogava com o romance através de uma interação espacial e direta com a obra literária, ou Itaú Contemporâneo, onde a obra de artistas contemporâneos era exposta horizontalmente, propondo novos pontos de vista sobre os seus trabalhos. Através do diálogo entre diferentes linguagens artísticas, Bia cria para o espectador a possibilidade de um novo olhar sobre a obra – novo porque busca colocar em questão tanto seu conteúdo quanto sua forma de apresentação e, ainda, a relação entre ambos. Isso é buscado também neste espetáculo.

sobre a peça, a construção e os ensaios:

twitter.com/brevesdotempo
http://www.myspace.com/formasbreves

O papel de cada um do elenco na peça

Anne Reis: Ajudante de dentista e Operária da fábrica.

Bruno Balthazar: Agiota com outros interesses, Médico na UTI, Gerente da fábrica (1º turno) e Homem que escreve uma carta de amor.

Bruno Siniscalchi: Jovem feliz e cheio de idéias, entre as quais está a de que é louco e come coco, a única coisa que é realmente sua. É também Habitante da Cidade, Enfermeiro na UTI, Coveiro e Operário.

Cris Larin: Habitante da Cidade que dá seu depoimento no guarda-chuva e Operária que conta piada quando o Gerente da fábrica não está.

Danilo Oliveira: Jovem com livros que segura a bicicleta e freqüenta o bar, onde se interessa pela Bailarina que lê. É também Patty Diphusa, um ator de filme pornô que procura emprego na fábrica, mas não quer ser operário. Habitante da Cidade, Enfermeiro na UTI e Coveiro.

Denise Dietrich: Mulher que escreve uma carta de amor, Habitante da Cidade, Enfermeira na UTI e Operária da fábrica.

Fernando Azambuja: Homem que escreve uma carta de amor. É também Homem que segura a bicicleta, Habitante da Cidade, Enfermeiro na UTI e Operário da fábrica.

Isabel Lessa: Mulher que sofre, no limite do drama. É também Habitante da Cidade, Enfermeira na UTI e Operária da fábrica.

João Gabriel Vasconcellos: Enfermeiro na UTI.

Karine Teles: Dona do estabelecimento que é roubada pela Garçonete, tenta conseguir dinheiro com Agiota e pedir empréstimo ao Dentista, mas acaba sem um dente e com uma grande reclamação sobre seus educadores. É também Enfermeira na UTI e Operária que conta piada quando o Gerente da fábrica não está.

Marcela Oliveira: Menina de oito anos que anda de bicicleta pela primeira vez e decide ir até uma cidade vizinha sem avisar a ninguém, chegando ao bar. É também Operária que conta piada quando o Gerente da fábrica não está.

Márcia Otto: Garçonete que rouba a Dona do estabelecimento e é despedida. Vai trabalhar como Operária, para ser novamente despedida, e depois pedida em casamento pelo Gerente da fábrica.

Maria Borba: Bailarina que lê, freqüenta o bar, questiona-se a respeito do amor e encontra as respostas nos livros, de onde tira a “sua idéia”.

Maurício Lima: Dentista suicida, que arranca o dente da Dona do estabelecimento e depois tenta cometer suicídio, sendo internado na UTI após fracassar. Depois vai procurar emprego na fábrica. É também Habitante da Cidade e Coveiro.

Patricia Barros: Habitante da Cidade que procura um par no guarda-chuva e Operária da fábrica.

Stela Blajterman: Mulher fedida, que fala do seu problema íntimo em meio ao bla-bla-bla feminino. É também Habitante da Cidade que dá seu depoimento no guarda-chuva, Enfermeira na UTI e Operária que aceita pedido de casamento do Gerente da fábrica.

Thaynã Freitas: Habitante da Cidade que dá seu depoimento no guarda-chuva, Enfermeira na UTI e Operária que conta piada quando o Gerente da fábrica não está.

Vicente Coelho: Gerente da fábrica (2º turno), que freqüenta o bar e acerta as contas com a Garçonete-Operária, para depois pedi-la em casamento. Habitante da Cidade que dá seu depoimento no guarda-chuva e Enfermeiro na UTI.
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